Sabe o vídeo que estão compartilhando, no Facebook, sobre a criança quebrando tudo na escola? Todo mundo tá vendo esse vídeo e dizendo "falta apanhar" "imagina a criação que tem em casa" "por isso que tem que bater mesmo" eu vou dizer uma coisa pra vcs, HIPÓCRITAS, é fácil julgar o outro, né? A fácil colocar a culpa na CRIANÇA, nos pais, nos OUTROS, que tipo de educador olha esse vídeo e não tem vontade de abraçar essa criança e dizer "ei, calma, eu to aqui"? Só vi o pessoal da escola, ou seja, profissionais da educação, sem saber o que fazer, filmando uma CRIANÇA, expondo uma CRIANÇA, preocupados em ter provas contra uma CRIANÇA. Se é fácil lidar com isso? Não é, se professor tá sozinho e sem apoio? Tá. Tem muita pai usando escola como deposito, sim, sem dar o mínimo de educação, sendo maus exemplos. Mas daí vamos desistir dessas crianças? Condená-las a serem o pior que uma sociedade pode ter? Falta humanidade, falta amor ao próximo, falta altruísmo, falta empatia. Facebook virou palco de discursos rasos, de Direita X Esquerda, de "Fora PT", de "no meu tempo que era bom", de discursos religiosos em nome da "família tradicional" que na verdade são apenas discurso de ódio, de exclusão, de linchamento. Eu li muita barbaridade esses dias, se pelo ódio ao PT são capazes de defender violência contra mulher, não é de se assustar o que fazem com uma criança. Espero que cada uma saiba da sua importância na sociedade, espero que educação faça sua parte, não excluindo, não retirando sua parcela de culpa, espero que, realmente, vejamos o mundo, o outro, com muito mais amor!
Pensamentos Cotidianos
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
"Só to falando pq sou sincero" Não migo, vc é chato mesmo!
Como muita gente costuma ser dura com as palavras, por aqui, e eu só fico quieta observando, vai uma grosseria gratuita pra vcs tbm.
Rezo sempre para não me tornar esse tipo de pessoa chata, reclamona e que vê defeito em tudo que vira moda, é popular ou simplesmente é do outro.
"Nossa, todo mundo fazendo vídeo no dubsmash, que coisa chata, infantil e insuportável. "
"Quer dizer que virou moda livros de colorir para adultos? Que coisa infantil e chata, vcs arrumam cada moda, aff"
"Aff, que seriado/prograna chato esse que tá TODO MUNDO assistindo. Pq eu não assisto, só vejo aqueles q ainda não lançaram aqui ou quase ninguém gosta."
"Aff, aff.. Aff"
Três alternativas:
Ou, vcs se tornaram tão duros e chatos que realmente veem defeito em tudo e só se dão por satisfeito se externarem isso.
Ou, nem acham tudo isso tão chato assim, mas acham que tão sendo especiais em reclamar e não ver graça no popular.
Ou, são tão mal resolvidos que ficam doidos para cair na moda, mas não entram, pq "aff, o que o pessoal vai pensar, melhor eu criticar que daí eu disfarço".
Acho as três opções tristes, pq se tem uma coisa que eu tenho aprendido na vida é que respeitar o outro é super legal, sabe? Que gostos são diferentes e as pessoas sempre vão discordar, mas eu não preciso ser uma metralhadora de indiretas. Que ser grosso gratuitamente não é ser "sincero", "autêntico" e "verdadeiro" é ser inconveniente, chato e rabugento e isso não, não é legal, afasta as pessoas, muitas vezes até as que mais gostamos e gostam da gente, pq indireta não tem endereço certo, saca? Qualquer um pode se ofender. E isso se torna um ciclo super vicioso, pq qto mais as pessoas se afastam da gente, mais amarguradas e reclamonas ficamos, né? Daí a gente não se dá conta disso, e continua colocando a culpa no mundo e nas pessoas, pq se autoaviliar, às vezes, dá muito trabalho.
Ok, talvez eu tenha falado demais, e não, não pode fazer textão no Facebook, "AS PESSOAS NÃO SÃO OBRIGADAS, se quiser faz um blog" ah eu tenho blog, mas quis ser chata aqui, que nem vcs são, pode? Se não pode, sinto muito, tarde demais.
É isso, beijos :*
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Não é sobre os outros, é sobre você!
A retrospectiva, o balanço, os novos planos e objetivos, chega o réveillon e as cabeças resolvem ficar a todo vapor, os corações se enchem de esperança e no boca a boca ou nas redes sociais o mais importante são as boas vibrações e mensagens de paz e prosperidade. Confesso que adoro esse clima, me sinto bem e abraçada pelos bons sentimentos. Claro, que sempre têm quem critique, quem aponte a hipocrisia, e arremesse as indiretas. Mas eu gosto de pensar que todo mundo está sujeito a mudanças, e todo esse balanço do ano, todos esses planos, são a melhor forma de se descobrir, porque o fim de ano não se trata de levantar criticas aos outros, até porque, quando a gente olha demais para os erros dos outros, acabamos nos esquecendo dos nossos próprios erros, e daí, como melhorar?
Praticando
aqui a minha autoanálise do ano, me perco nos erros e acertos, nas alegrias e
frustrações, pois uma coisa é certa, por melhores que sejam nossas intenções,
em algum momento nós vamos falhar, não importa o motivo, estamos sujeitos a
isso, e nos perdoar, é o primeiro passo para melhorar, errar menos, ou cometer
erros diferentes. Agora, cá entre nós, entender que os outros também erram
também é importante, né? Não, ela não é uma pessoa má porque falhou com você.
Porque não atingiu as SUAS perspectivas. Talvez ela estivesse passando por
tantas coisas diferentes, que nem percebeu que lhe fez mal. E uma coisa eu
aprendi nesse ano, ser tão dura comigo mesmo me faz sofrer, mas ser dura demais
com os outros me dói mais ainda, ter compaixão, saber perdoar e não viajar
tanto na maionese, é libertador. É, viajar na maionese, isso mesmo, imaginar,
supor, “ah, será que eu fiz algo que a chateou, por isso ela se afastou?” “fulano mudou, fulano não me liga mais, não
se importa comigo” Fulano, talvez esteja precisando mais de você do que você
dele, ou talvez, fulano apenas não ligue mesmo, mas ele não é ruim por isso.
Talvez nos coloquemos num grau de importância tão grande que separamos as pessoas
em “ruins – não gostam de mim”, boas “são legais comigo”. E já repararam o
quanto isso é egoísta?
Sim,
esse ano eu mandei mensagens que não foram respondidas, mandei cartões que não
foram agradecidos, dei carinhos que não foram retribuídos, não posso dizer que
não me frustrei, mas aprendi. Aprendi a fazer a minha parte independente de
qualquer reciprocidade, e me afastar de quem me faz mal. Mas o mais legal,
aprendi a me surpreender, fiz tantas coisas desinteressadas, me deixei agir com
tanta naturalidade, instintivamente, que foi maravilhoso receber carinhos
gratuitos, demonstrações de afeto e confiança, simplesmente por eu ser quem eu
sou, por ter feito bem a alguém por ser natural.
Então
quando eu penso num objetivo para 2015, só consigo pensar em “deixo a vida me
surpreender”. Permito-me fazer novas amizades, deixo pessoas que me fazem mal
ir embora, permito-me, aproveitar mais o dia, fazer mais por mim e para quem eu
amo, permito-me sorrir apesar das dificuldades, afinal elas sempre vão existir,
permito-me fazer o passeio inesperado, receber a visita que não esperava,
ganhar o sorriso que não imaginava, dar o abraço que não almejava. No novo ano,
eu me deixo perdoar, eu me disponho a olhar mais para os meus próprios erros do
que para os dos outros, e olhar para o outro com mais compaixão e verdade. Em 2015,
eu me permito ser feliz, e você?
domingo, 20 de julho de 2014
Escola ensina, família educa?
“Educação
vem de casa.” Esse tipo de frase tem sido uma constante, na boca do povo, nos
compartilhamentos nas redes sociais, até mesmo por parte de educadores, mas
será esse um bom “argumento”? Esse tipo de pensamento me transmite a sensação
de Pilatos, a escola culpa a família e a família culpa a escola, ambas, porém,
lavam suas mãos e o destino dos jovens e crianças continuam entregues à sorte.
Se ausentar da responsabilidade seria mais fácil do que tentar promover projetos
que façam escola e comunidade trabalharem juntas pela educação?
A comunidade escolar não é homogenia,
entender isso é o primeiro passo para o desenvolvimento de ações que integrem
escola e comunidade. Pais, alunos,
professores e corpo escolar têm origens, crenças e criações diferentes, e o
erro, muitas vezes, está em querer homogeneizar essas relações. Como esperar
que um aluno renda na escola se ele não tem boa estrutura familiar, se o pai é
alcoólatra, o irmão é traficante e a mãe sofre de depressão (por exemplo)?
Indisciplina, violência, faltas
excessivas, desinteresse, problemas de comportamento e evasão escolar, são
exemplos de problemas enfrentados nas escolas, principalmente nas públicas,
esperar que os professores resolvam isso sozinho é leviano, mas em conjunto com
a família, mesmo que as mesmas obtenham dificuldades, é um bom caminho para
melhorar o desempenho escolar dos alunos e as relações sociais que os envolvem.
Para que essa inclusão aconteça, algumas
ações devem ser tomadas, o desenvolvimento pedagógico escolar deve apresentar
alternativas, como, por exemplo, a criação de uma APM – Associação de Pais e
Mestres, com intuito de integrar sociedade civil e sociedade escolar, pais,
alunos e professores tomando decisões em conjunto, em prol da escola. Só a
criação da associação não é garantia de integração, então, é importante que a
escola saia de sua zona de conforto e permita a participação da comunidade nas
tomadas de decisões. A escola pode promover atividades interativas, como jogos,
gincanas, festas, eventos e diversos projetos.
Comunidade escolar que participa, que se sente incluída, assume
responsabilidades e zela melhor da escola, além disso, esses tipos de
atividades proporcionariam maiores interações entre pais e filhos, fazendo
atividades juntos eles conhecem melhor suas relações e se sentem mais motivados
e unidos.
Outra ideia é a criação de um espaço
cultural, esse espaço seria dos alunos, nele, eles poderia expressar todo tipo
de arte e informação, eles seriam os próprios responsáveis pelo que nele seria
produzido e administrado, claro, que contando com o apoio dos professores e
diretoria, mas é importante que eles tenham autonomia nesse espaço, assim, além
deles poderem se expressar, trocar conhecimento e trabalhar diversos assuntos,
se sentiriam responsáveis por ele, e parte importante da escola, o que é fundamental
para o seu desenvolvimento e socialização.
A ideia é promover planos que despertem
o interesse dos alunos pela comunidade, e que promovam essa interação, como
mutirões do bem, jornal da escola, dias culturais, murais de notícias, atitudes
que estimulam o pensamento crítico, o olhar consciente e a cidadania, os alunos
não precisam de discursos, lições de moral e comparações, como “tal escola é
melhor que essa, vocês estão ficando para trás” “tais alunos são mais
interessados que vocês, vocês não são esforçados” tais afirmativas destroem a
autoestima desses alunos e em vez de incentivar acabam por frustrar e revoltar.
Levantar esse tema pode parecer utópico,
atitude típica de uma estudante de história, ainda não formada e não incluída
no cotidiano escolar, mas considero essas ações possíveis. Questionar, buscar,
inquietar-se com o “tradicional” ou o repetido, deixar de apenas reproduzir o
que já está sendo feito, devem ser constâncias não só nos novos e futuros
educadores, mas em todo o universo escolar e familiar. Essas atitudes serão
positivas para todos, e ações simples já fazem toda diferença, juntos, com uma
gestão democrática, e propostas pedagógicas que promovam o respeito
às diferenças, formaremos verdadeiros cidadãos.
Francyane Kristinny Lehmkuhl Fiocca
Texto escrito especialmente para o Jornal Voz, link para postagem original aqui
http://www.jornalvoznet.com.br/edicao506/politica_opiniao/politica_opiniao.html
domingo, 11 de maio de 2014
Ser mãe
Texto que eu fiz sobre o dia das mães que saiu no Jornal Voz:
Ser
mãe
“Ser mãe é dadiva de Deus”
“Ser mãe é algo especial, mágico e maravilhoso” “Gostaria de fazer uma
homenagem a melhor mãe do mundo, a minha mãe” Dia das mães é assim, mas veja bem,
ser mãe não é tão fácil, e dizer que sua mãe é especial nas redes sociais não à
torna especial, principalmente se ela nem sabe ligar um computador!
Não estou julgando ninguém, nem suas intenções, porém, fico aqui me lembrando do dia que soube que seria mãe, minha primeira reação foi medo, porque mesmo com um ano de casada, não era algo programado, foi um susto, mas após os primeiros dez minutos de insegurança tive êxtase de alegria. Como assim vou ser mãe? Sempre sonhei ser mãe, e agora serei, obrigada Deus! Gente, tem uma vida dentro de mim, uma vida que virá ao mundo e vou encher de amor... Opa, virá ao mundo? Mas como assim? Como o neném vai sair daqui de dentro? Ai Meu Deus, vai doer, e agora? Parto Normal ou Cesárea? E o bebê, será que tá bem? Será que é menino ou menina? Ai, não importa, vou amar do mesmo jeito! Vixe, tenho que comprar as roupinhas, arrumar o quarto... Não, não é exagero, ser mãe é esse turbilhão de emoções e muito mais, e o legal é que cada mãe tem uma história, tem mãe de primeira viagem, mãe experiente, mãe adolescente, mãe casada, mãe solteira, tem mãe que leva anos pra conseguir ser mãe até finalmente conseguir realizar seu sonho e outras que simplesmente abandonam seus filhos. Tem mãe que se torna mãe por amor, que não dá à luz ao seu filho, mas que dá a vida por ele. Tem mãezona disfarçada de tia, de madrinha, porque o único requisito pra ser mãe de verdade, é o amor, o zelo e a vontade de ensinar.
Daí vem aquela velha questão de que mãe é “superprotetora” não quer que os filhos sofram, e quer fazer as escolhas por eles. O problema é esse, generalizam o papel da mãe, a sociedade, a família, os amigos, a escola, e até nossos próprios filhos nos cobram muito. Todo mundo acha alguma coisa, quanto à criação dos filhos dos outros. Na prática somos uma inconstância, vivemos entre o amor incondicional e o nervosismo do dia a dia, nos culpamos por cada falha e queremos melhorar sempre.
E quanto a nossa mãe ser a melhor do mundo? Aprendi que mãe é paradoxal, a maioria vive se culpando e errando de novo, grita quando não precisa, fica nervosa, pega no pé, por vezes desconta suas frustrações nos filhos, sofre por tudo isso, cria expectativas demais, e no final só quer dar o seu melhor, só quer que os filhos sejam felizes e se realizem. Nesse sentido podemos ser sim as melhores mães no mundo de alguém, porque ser melhor não significa ser perfeita.
A vida nos obrigou a superar problemas, dividir nosso tempo, assumir responsabilidades, sem deixar de dar amor. Não entendo muito bem essa capacidade de acumular tantas coisas, deve ser realmente um dom. Mas dentre tantas características a única certeza é que nenhuma mãe é igual, cada uma desenvolve seus dons de uma forma. Pratico meu exercício de ser mãe me questionando sempre, procurando não colocar rótulos em mim e em outras mães, sem comparações e com respeito. Me policio, tento proteger sem sufocar, amar sem dominar, ensinar sem impor. Minha mãe me dizia que cada atitude que eu tivesse teria uma consequência, e só eu poderia responder por elas, na verdade eu sempre pude contar com o colo dela, mesmo que o colo tivesse puxões de orelha, acho que isso é exatamente o resumo do que é ser mãe, é esse amor capaz de orientar, exigir respeito e querer bem sem deixar de ser um porto seguro.
http://www.jornalvoznet.com.br/edicao496/saude_bem%20viver/saude_bem%20viver.html